terça-feira, 20 de novembro de 2007

E eu que tava quase lá...


( em intercomunicação com o blog: http://vacagalobarcelos.blogspot.com/)
LVL: VG, é capaz de me deixar "esperar, manjar quanto baste, e pensar" em paz, na cão panhia das minhas chapas, para poder dialogar com o meu avatar diurético? Irra, que a criatura bovina é omnipresente!

Vá, vamos lá a despachar o diálogo polifónico, que eu preciso de limpar mais o meu karpa, que hoje acordou cheio de ácaros. Vamos por partes:


Quanto à obsessão luz e tansa pelo World Guiness, nada me espanta- a nacionalidade portuguesa já começou com um record- D. Afonso Henriques foi o Rei que esteve mais tempo com o real traseiro sentado no trono, quando não estava a cavalo a combater os mouros ou noutro sítio qualquer que não interessa aqui nomear, pois não estamos em plenos Big Trouble ou Malucos Sem Siso e, muito menos, se trata aqui de uma crónica kamasútrica da Margarida Revelo-o Tinto. Está-lhes no sangue (não no das Margaridas Revelo-o Tinto, mas dos luz e tansos em geral). Já dizia a outra, creio que a D. Maria Tia: "vale mais ser rainha uma hora do que duquesa toda a vida". Os luzes e tansos actualizam esta máxima, pensando: "vale mais sermos recordistas do maior assador de castanhas, por uns anitos, e passarmos necessidades várias durante toda a vida, do que as passarmos na mesma sem termos um dia o bucho cheio destes frutos arborísticos!" Conceito que exportámos para o Brasil: dizem os vossos irmãos: "vale mais termos três dias de folia desbravada e os restantes de miséria aterradora, do que morrermos de tristeza sem qualquer escalpe, perdão, escape!" De facto, estes dois povos têm um verdadeiro espírito camelário: o empaturranço de um presente fortuito cobre a carestia e o falhanço do futuro! Mas, também, se revelam profilácticas as memórias dos "feitos passados" entre os luzes e tansos e seus descendentes. Dá-lhes um jeitão- lembrando o passado dourado, esquecem-se do presente e do futuro mais dados à escuridão. No fundo, o passado é como um anti-repressivo colectivo.
Já o nosso querido Professor José Gila afirma, no seu "Portugal Hoje: O Medo de Implodir", que esta gente é uma devota do "carpe a pia", só vive no presente e para o presente, o futuro, o Cosmos o ditará. Por isso é que os luzes e tansos se agarram ao fato, perdão ao fado, para não terem de lutar contra o que consideram uma fatalidade! Para quê mudar o que já está definido a prioristicamente? Não não pensem que é uma contradição: vivem o presente, mas não o constroem, como diz o nosso querido mentor das ideias mais elevadas deste espaço autoflagelante: "não se inscrevem, não transformam o desejo em acto". Quanto a esse aspecto, a Vaca Galo tem uma versão diferente (não digam a ninguém, mas ela pertence ao Clube de fãs da Margarida Revele-o Tinto. Nas reuniões, as cachopas só falam de partes pudendas e afins e acabam sempre o ritual com a frase mágica: "Sei lá!". Enfim, já que não podem fazê-lo, verbalizam-no e, assim, não se estraga alguma família!)

O poste do Pet Bull teve a sua pertinência- não vá a "juventude inconsciente" pensar que as asas lhe nascem pela sua adrenalinofilia e mandar-se em bloco de um esgravata os céus, estatelando-se no chão como o Speedy Gonçalo, esse sonhador inveterado.

Nunca é demais referir que ao género humano nunca nascerão asas, apenas as da imaginação e, até essas, quando confrontadas com a realidade, por vezes, fazem o sujeito macerar a facies, umas vezes horribilis, outras mirabilis! Apenas nós, os monges tubistas, conseguimos levitar e, assim, não só a Pet Bull pode ser acusada de pôr em prática uma publicidade enganosa, como de querer competir mercantilisticamente com a dimensão catártica sagrada e isso já é outra história! Já até mandei para o Bidete um email com o slogan da nossa próxima campanha inter-cósmica anti-vermelhitude taurina: Contra a Pet Bull levitar levitar!


Por falar em vermelhitude, desta vez não taurina, mas estepezino-siberiante, gostei da resposta da Belita ao poste fútilo-efémero da Vaca Galo. Criatura bovina, sua ignara, então confunde-me a data de uma revolução tão determinante para os destinos da desumanidade em geral por questões estéticas? Você tem mesmo uma latosa! Como sabe, a não ser o do meu manto, abomino tons magenta, mas, pelo Cosmos, há que ter objectividade histórica, com mil chapas, senão bye, bye, choikin, purgana! Mas o que estou em a dizer? Para você alcançar o purgana ainda vai ter que comer muita ração macrobióptica e reencarnar milhentas vezes num porco ou num touro para a matança à portuguesa !


E por falar em estética, o post sobre os padrões só demonstra a apetência feminina pelo "Império dos Sentidos" e das sentadas em pleno chazinho tiesco com mesas quadradas sobre banalidades. Ó Belita, aquela senhora do Soleil tem a mesma opinião que eu. Ah, até que enfim que há uma alma feminina esclarecida, que dá um tirito no próprio pé! Mas, olhe, nem me digno a comentar essas banalidades chaseiras! Por isso é que nós, monges tubistas, não queremos mulheres no nosso com vento! Era só o que faltava- lá se ia o purgana, a limpeza das chapas e lá vinha o karpa atormentar-nos e impedir-nos de levitar quando nos dá na real veneta! Irra, vocês são um sorvedouro dos fluidos negativos da matéria!


Quanto ao acrópito SUV, fizeram bem em mostrar a sua potencial polissetia: de facto, a natureza humana é tão paradoxal, mas sempre tão igual, que até adormece o mais suporífero dos tubistas! E Belita, gostei de saber que a sua família esteve sempre plena de mulheres emancipadas. Se bem que, lá no Bidete, este tipo de mulheraças muito à frente se revelam impossíveis de domar- são teimosas como rinocerontes! Quando avançam, vão sempre em frente! Por falar na vaca pia, cuidado com as piadinhas conjugalo-provocatórias. Já dizia Contúrcio: "quem semeia dentes colhe enormes placas postiças; quem semeia pentes colhe ondulações e extensões de vários metros; quem semeia lentes colhe vastas superfícies binoculares ".

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Tenho dito, agora, desamparem-me o aposento digital que estou a entrar já em descompensação nevrálgico-piscopática, o que não augura nada de bom, antes pelo contrário!

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